O Grande Patriota.

                      O Grande Patriota.

 

Nos anos 80 São Paulo pedia mais apresentações da seleção brasileira no estádio do Morumbi, os paulistas eram privados de ver a seleção brasileira, eram sempre deixados de lado pela droga, "M"... da CBF, segundo a imprensa esportiva, a CBF uma verdadeira máfia, um antro de corrupção, lesando o futebol brasileiro, tendo o apoio incondicional da bancada da bola, naturalmente aqueles políticos imorais, ficha suja. Feito o preâmbulo: Uma caravana partiu de São Bernardo do Campo,  amigos funcionários da Prefeitura, resolveram ver a seleção brasileira  do mestre Telê Santana jogar no Morumbi, eram preparativos para a Copa de 82. Por mais que a torcida tivesse boa vontade para com os craques da seleção, nada estava dando certo, provocando a irritação natural da galera que passou a torcer para a seleção da Techslováquia, apresentando um bom futebol. A seleção adversária dominava o jogo e abriu o marcador 1 a zero para os inimigos, a seleção brasileira estava dando vexame, as vaias começaram e foram aumentando, e tome vaias.  No meio de tantas vaias, diga-se, estrondosas, apareceu um gaiato querendo dá uma de patriota: - Disse o infeliz: - Gente é o nosso Brasil, não faz sentido essas vaias idiotas, estúpidas, o gaiato patriota era o vendedor de amendoim que ofendeu o menor com palavrões, e tentou dar uns petelecos no moleque, diga-se moleque folgado,  pro azar do gaiato o menor estava na caravana,  os amigos partiram em defesa do menor, foram pra cima do infeliz, que tomou uns catiripapos no pé da orelha pra deixar de ser besta, estava formado o quiprocó na arquibancada, pontapés e socos pra todo lado, com a chegada da polícia, o infeliz vendedor foi levado pro xilindró, o patriota saiu de lá do estadio todo troncho. Levado pela polícia que também tirou uma casquinha do infeliz. Nunca se comeu tanto amendoim grátis, os amigos da caravana tomaram o cesto do Patriota estúpido que deu uma de burro. O jogo virou uma pelada, verdadeiro jogo de várzea, no finalzinho a seleção empatou o jogo com gol de Zico, o galinho de quintino, Fim de jogo no Morumbi, palco das vaias histórica à seleção brasileira, ao empatar por 1x1 com a extinta seleção da Techeslováquia fortíssima. Antes do jogo houve muito lero lero e nada do bom futebol. Escalação da seleção brasileira: Waldir Peres; Perivaldo, Oscar, Luisinho e Junior; Toninho Cerezo ( Renato ) e Zico; Sócrates, Jairzinho ( Paulo Isidoro ) , Roberto Dinamite e Mario Sergio ( Eder ). Técnico mestre Telê Santana, com a seleção da copa de 80 encantou o mundo. O gol da seleção brasileira foi de Zico. Árbitro: J.Cardelino ( Uruguai ).

 

Crônica de: José Maria Lopes Silva

Lembranças do futebol do passado e da seleção do mestre Telê Santana que na Copa de 80 encantou o mundo. Homenagem especial ao Amigo Dede Marques Diamante, amante do bom futebol, Corintiano roxo, doente, apaixonado.