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Valentão Apenas Com Mulheres.

 
 

 
              Valentão Apenas Com Mulheres.
 
Estamos no mundo moderno, ainda assim encontramos homens violentos da pré-história, os tais valentões covardes, que batem em mulher. Zé caolho, nordestino de lá das bandas do sertão agreste sujeito ignorante de sangue no olho, gostava de bater em mulher, tanto que sua fama de covarde corria a redondeza.  Zé caolho era do tipo ordinário, verdadeiro traste e intolerante, fazia a mulher de escrava. Tonha Zeferina, era das tais que baixava a cabeça pra tudo, pode-se dizer que Tonha era do tipo de mulher frouxa. Mesmo tudo estando ruim, para ela tudo estava bem. Zé caolho o traste maldito fazia da mulher gato e sapato, além de dar na mulher uma surra por dia. Tonha Zeferina, a infeliz, gostava do traste, mas vivia de olho roxo, dava as explicações mais esfarrapadas para as vizinhas, visto que sua família morava léguas de distância. Certo dia encontraram Tonha desacordada, de tanto que apanhou do companheiro, o traste selvagem. A separação foi inevitável. Zé caolho se escafedeu por um tempo, já que foi jurado de morte pela família de Tonha Zeferina. Passado alguns meses o demônio do Zé caolho estava de volta com uma nova companheira, Severina Ferreira, mulher de cabelo nas ventas, que não tolerava desaforos, muito menos homem relando a mão nela. Com Severina Ferreira a história  era outra, o caso mudava de figura. Zé caolho e Severina Ferreira viviam as turras, o casal brigava muito, como cão e gato, Zé caolho batia na mulher e apanhava ao mesmo tempo, Severina Ferreira era o cão em figura de gente, parecia ter vivido no cangaço de tão brava. Na ultima briga feia do casal, a mulher quebrou o braço do companheiro Zé caolho. O maldito desgraçado que batia em mulher viu o fim do seu reinado. Zé caolho apanhou tanto da mulher, foi encontrado desacordado, com a surra que levou. O infeliz, assim que saiu do hospital foi levado direto para a prisão, enquadrado na lei Maria da Penha, por tudo que fez de errado. Zé caolho maldizia ter conhecido e se juntado com a desgraçada louca, Severina Ferreira, a doida que batia em homem.
 
Crônica de: José Maria Lopes Silva.

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