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O Imaginário Cria Asas...



O Imaginário Cria Asas, e Sai de Baixo Que Vem Chumbo Grosso, ai não tem jeito.

Domingo, dia lindo de uma luminosa manhã e de uma brisa suave, propício a prática do futebol com a senhora majestade, a bola divina, deusa sempre a atração principal. Finalmente em campo os craques do Scala Veteranos garbosos para enfrentar o adversário, os caras do bafo de onça, em jogo o troféu da Amizade. Depois haveria o tão aguardado churrasco, pelos craques do Scala Veteranos.

Voltando ao jogo, a disputa acirrada, cotoveladas pra lá e pra cá, ao melhor estilo do colombiano Rincon. Canelas riscadas dos dois lados, fazia parte do jogo. Ninguém estava ali pra perder porcaria nenhuma. O apito amigo do juiz, bunda mole, o tempo todo contra o Scala. Caramba que "merda" era aquela? Não tinha condições. Os inimigos de faca nos dentes partia pra cima do Scala. Jogo duro. Quarenta e oito do segundo tempo, terminou empatado, com um gol do Scala Veteranos, anulado incorretamente e dois pênaltis não marcados. Juiz ladrão safado. A mãe do cara quando moça foi cortesã, a homenagem prestada a ela foi uma grandeza. Final de jogo. Foram para disputa dos pênaltis. O Scala saiu na frente, bateu o dez artilheiro Bimbão Bingola, goleiro de um lado e a bola no outro. Os caras do bafo de onça desperdiçaram a cobrança com a bola pra fora. Seguiram as cobranças, já estava quatro a um para o Scala, os caras do bafo de onça mandaram a bola pro inferno, na cobrança tentou da a cavadinha do Pato de Tróia, acabou a disputa. Vitória do Scala Veteranos. Os abraços, as gargalhadas, os beijos no troféu e a volta olímpica, pela metade pois ninguém tinha mais pernas.

A churrasqueira ardendo. A picanha dourada linda e gostosa a espera dos craques do Scala Veteranos. Um dia muito gostoso de alegria. A caipirinha correndo solta, a cerveja geladinha e a cachaça da boa lá das Minas Gerais, tudo do jeito que o diabo gosta. Os amigos eufóricos com algumas a mais na cabeça, alegres até demais, beijavam o valioso troféu. Os craques do Scala tomaram todas que tinham direito, pois amigos unidos jamais serão vencidos. Viola muralha, Bimbão bingola e o Táta Schweinsteiger, o volante coração valente, todos com algumas na cabeça. De repente, o Bimbão bingola capotou com as quatro. O cara caiu duro e foi aquela correria, corre pra cá, corre pra lá,  foi um verdadeiro pandemônio. O Bimbão foi socorrido. O diagnóstico: ele comeu patê estragado, e bebeu água do volume morto, motivo pelo qual deu esse rebu todo. O irmão Viola muralha e o amigo irmão Táta Schweinsteiger, volante, o levaram para casa na Vila Louro. O carro andava em zig zag. Parecia carro fantasma. Era estranho para as pessoas na rua. Na cabeça dos amigos ainda rodava aquela cena dantesca: "primeira bateria vira, vira , vira... vira, vira, vira... Virou. Segunda bateria vira, vira, vira...  vira, vira , vira... Virou  Terceira bateria..." A coisa parecia não ter fim. Os amigos diziam que estavam bem, só beberam um pouquinho a mais da conta.
Crônica de: José Maria Lopes Silva
Levamos a vida como uma grande brincadeira, que mal pode haver beber só um pouquinho, com moderação. O coquetel, a caipirinha, a cerveja, a cachaça da boa, não faz mal algum, o diabo é comer patê estragado e tomar água do volume morto. Tudo não passou de uma marolinha.


2 comentários:

  1. Que maravilha de crônica Zé Maria! Fazia tempo que não ria tanto, cada linha que lia me rachava de rir e lembrar das nossas lambanças...
    Parabéns pela cronica!!!
    Continue nos presenteando com essas pérolas

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  2. sensacional meu pai...
    amei as tiradas e vou ficar longe deste volume morto...kkkk

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