O Mundo é Uma Loucura Total
O mundo está de pernas pro ar é uma loucura total. Desde que o mundo é mundo: - de médico e louco, todo mundo tem um pouco, mas algumas pessoas extrapolam, e a loucura chega as raias da insanidade. Pedro Azevedo, adolescente de boa índole, era interno do Lar Escola São Francisco, da rua França Pinto, 783 Vila Clementino. Pedrinho, era sereno tinha sempre um sorriso para os amigos internos, e os tratava com carinho. Pedrinho, tinha a admiração dos amigos, e das pessoas responsáveis do Lar Escola. O jovem Pedrinho, católico fervoroso, não perdia uma missa aos domingos na igreja Santo Ignácio, da rua França Pinto. Religioso igual ao Pedrinho, era difícil ver igual, confessava e comungava religiosamente, tinha ocasião que o jovem assistia duas missas no mesmo dia, Pedrinho, tinha uma fé cega, nada a fazer, era sua crença. O jovem religioso rezava muito, fazia novenas para Nossa Senhora, a Virgem de Fátima, vivia contando aos amigos à aparição da Virgem de Fátima para as três crianças, ao contar a aparição da virgem, ele se emocionava, as lágrimas corriam pela sua face. A vida dos internos do Lar Escola, seguia normalmente, até ocorrer o fato bem triste, Era uma tarde de sábado, o natal estava próximo, os internos todos no pátio no momento do recreio, então deu-se o fato inesperado, o jovem Pedrinho, aparece no pátio coberto de terços e rosários amarrados a cintura, ninguém intendeu absolutamente nada, talvez fosse uma brincadeira do jovem. Até que o Pedrinho, em cima de um caixote abençoando a todos disse em alto e bom tom: Em verdade eu voz digo: Eu sou o novo Papa, Leão III, e seguiu com sua pregação, falando dos falsos profetas do Apocalípse e dos homens santos. Então todos se deram conta da gravidade, o jovem Pedrinho, estava completamente louco, doido varrido, louco de pedra, a insanidade o atingira em cheio. Alguns internos sem a devida noção da gravidade, faziam piadinhas inadequadas para a ocasião. Logo chegou socorro para o querido amigo Perinho, levado de imediato para o hospital de Franco da Rocha. O jovem ficou internado no hospício por seis meses, voltando depois ao convívio dos amigos, internos do Lar Escola São Francisco, para alegria de todos.
Crônica de: José Maria Lopes Silva
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