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Vindo de Algum Lugar

Vindo de algum lugar,sabe-se lá de onde,como se houvesse caido do céu.Era uma aparição intrigante para não dizer fantasmagórica do menino Núbio Kalé.O menino negro de origem africana de oito pra nove anos de idade aparecera do nada,caiu justamente naquele lugar,bairro pobre,na verdade paupérrimo de ruas de terra batida de esgôto a céu aberto.Bairro completamente esquecido lá nos cafundós-do-Judas,lugar esquecido por deus.Núbio Kalé,menino de rua a mãe falecida,o pai ignorado.Naquele lugar ganhou o apelido de Françoá,uma simples brincadeira o apelido pegou,era Françoá pra lá e pra cá,não tinha mais jeito.O menino agora pra todos era  Françoá,parecia sofrer de amnésia,não se lembrava de tantas coisas, que na verdade ele queria esquecer,enterrando de vez o seu passado.Á única coisa que o menino sabia era simplesmente orfão,e seu nome no cartório constava Núbio Kalé.O menino Françoá,muito ativo,esperto pra danar se defendia como era possivel,uma vez que era sozinho no mundo,não tinha ninguém por ele.Françoá,nenino negro tinha orgulho da sua cor que trazia o negror da noite na pele.Ele achava bonito ser da cor do petróleo,o ouro negro que alavancou o progresso no mundo.Na sua ingenuidade de criança não conhecia os homens brancos poderosos.Uma coisa era gostar do petróleo,embora ele fosse negro,já as pessoas negras era algo a parte,completamente diferente.Eram homens brancos poderosos,pessoas despreziveis,maléficas,traziam arraigado o preconceito racial. O menino negro Françoá,trazia  consigo,maguas,ele era somente uma criança.Ainda assim,muitos adultos o ridicularizavam: o negrinho Françoá,quer se passar por branco a todo custo.Onde se viu,chama-lo de tiziu está de bom tamanho.Havia o preconceito e a intolerancia.O menino Françoá,não intendia bem sobre o preconceito racial,para ele,deveria ser uma doença ruim,contagiosa.Aprendeu a ver que certos adultos são complicados.O menino Françoá,andava pelas ruas do bairro pobre catando latinhas e garrafas pets pra ganhar alguns trocados,ele era eficiente naquilo que fazia,apesar da sua pouca idade.Dos amigos que tinha dava pra contar nos dedos.As pessoas apressadas passavam pelo menino sem prestar a menor atenção,eram apressadas demais para vêr um menino de rua catando latinhas.Embóra alí estivesse uma criança trabalhando duro, sem dúvida era um crime.Núbio Kalé,apelido Françoá,tinha no velho andarilho Ly Tsung,um grande amigo,protetor e guardião do menino.A exemplo do menino Núbio Kalé,Françoá,o velho andarilho Ly Tsung,teve uma aparição misteriosa,um tanto fatasmagórica.O velho vindo de algum lugar,sabe-se lá de onde,como se houvesse caido do céu.O velho Ly Tsung,tinha sempre boas palavras para o menino Françoá,que se sentia sozinho no mundo,atirado a própria sorte. Tudo tem uma razão de ser,ao acaso surgiu do nada um cãozinho viralata abanando o rabinho para o menino com grande alegria.Os olhos de Françoá brilharam tamanha era a sua alegria.O cãozinho vilarata a lamber o rostinho do menino,que o tomou nos braços.Um tanto sem graça pediu ao velho Ly Tsung,se poderia ficar com o cãozinho.O velho concordou de pronto: claro Françoá,o cãozinho é todo seu! O menino não cabia em si de contentamento.Hávia um pequeno probleminha: que nome daria ao cãozinho? Françoá,pensou um bom tempo,não lhe ocorreu nome algum.O velho aconselhou chamar o cãozinho de Jezum.O menino com lagrímas nos olhos perguntou ao velho: eu posso? Claro que pode! o cãozinho é todinho seu! A alegria era tanta que o menino começou a chamar o cãozinho de Jesus e não de Jezum.Françoá,corria com o cãozinho pra cá e pra lá,vem Jesus,aquí Jesus,pega Jesus.O velho andarilho sorria,estava feliz em vêr a alegria do menino Françoá.O cãozinho Jesus era uma alegria no coraçãozinho do menino.


Conto de:José Maria Lopes Silva















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