"Sou Pancararu,sou Tupinambá
Sou Guarani da tribo do guaraná
Sou Caeté,Tabajara e Quiriri
Minha terra é essa aqui
Sou dono desse lugar.
Sou Carajá,Carijó,Cariri,
Ninguém vai me expulsar."
Talvez o bailado mais antigo do Brasil,o Caboclinho,manifestação de origem indígena,foi registrado pela primeira vez em 158,pelo Padre Fernão Cardim,em seu livro "Tratado e Terra da Gente do Brasil".Foi observado por ocasião das missões organizadas pelos catequistas,quando os curumins apresentavam as danças indígenas.Como folguedo,o Caboclinho representava,com música e dança características,um que simbolizava batalhas,caçadas e colheitas.A música,leve e ligeira,é executada por pínfanos,surdos e maracás,com reco-recos e ganzás a eles se incorporando,eventualmente,Marcando o ritmo,os dançarinos utilizavam os estalidos secos das"preacas",instrumento na forma de arco e flecha.A dança dos Caboclinhos pode ser individual,marcada pela destreza e desenvoltura do participante, ou coletivo,fruto de uma coreografia ensaiada previamente,As coreografias são ricas e,entre as mais conhecidas,podemos citar o ataque de guerra,a aldeia,o cipó e a emboscada.As danças são conhecidas genericamente por Toré.Com execeção dos músicos,todos os demais se envolvem num bailado rápido,que exige desenvoltura e,principalmente,excelente forma física,pois se abaixam e se levantam agilmente,ao mesmo tempo em que rodopiam,apoiando-se nas pontas dos pés e calcanhares.A indumentária utilizada pelos Caboclinhos é composta por saiotes,cocares e adornos nos punhos e tornozelos,todos de pena de ema,avestruz ou pavão,além de olares com dentes de animais e pequenas cabaças presas à cintura.Como todo folguedo,os Caboclinhos possuem seus personagens,com funções específicas dentro do bailado: o Cacique(ou Caboclo-Velho),a índia-chefe(ou Mãe-da-Tribo),o Pajé,o Maitrua,o Capitão,oTenente,os Perós(meninos e meninas),oPorta-Estandarte,os Caboclos de Baque (músicos) e os caboclos e caboclas.
O texto foi extraido na íntegra da agenda dos Professores. SINPRO ABC
Postado por: José Maria Lopes Silva
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