Autodidata, as artes são sua maior ocupação. Publicitário, setor de criação, desenhista, artesão e funcionário público em São Bernardo do Campo, desempenhou trabalho nas comunidades. Aposentado, dedica-se à literatura: poesia, crônica, conto e composição musical. Autor de obras "Ensaios" e "Um lugar ao sol", trabalho que representa esperança, alusão aos sonhos, anseios e fantasias; um eterno acreditar em si e nos semelhantes, a valorização da própria existência.
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VELHO ENGENHO DE CANA.
Velho Engenho de Cana.
A vida tem suas próprias leis, cada qual com sua sorte, o seu destino, seguindo caminhos diferentes. Mané monó, mineirinho com um pivô de ouro, como todo bom mineiro do interior. Mané monó, o homem de um braço só, cotó como tantos outros na vida, de tantos Joãos e Josés desse mundo de meu deus. Mané monó, certo dia se assustara com alguém, e perdera o braço no engenho de cana, ao moer cana pra fazer garapa e rapadura. Vida dura, não é brincadeira não esta vida tirana, que passa rasteira na gente o tempo todo, uma espécie de jogo difícil de jogar. Mané monó, amante das modas de viola, a cantoria nas noites enluaradas. Mané monó, tinha um primo que lutou na guerra, e voltou com uma perna só, cotó como o primo Mané monó, cotó de um braço, ele cotó de uma perna, consequências do monstro da guerra voraz, a destruir tantos sonhos, e ceifar tantas vidas.
Crônica de: José Maria Lopes Silva.
História verídica do cotidiano, fato ocorrido no interior das Minas Gerais, Zona da Mata região de Gameleira, algum tempo atrás. História real, constatada por minha esposa Regina Célia Silvestre Silva, e o meu cunhado irmão, João Silvestre.
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