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O GRANDE VEXAME.



                       O GRANDE VEXAME da jovem Maria Lopes.
A jovem Maria Lopes de dezesseis anos de idade, natural de Recife- PE. foi trazida para São Paulo, a grande Metrópole para trabalhar como babá de uma família rica, a jovem Maria Lopes precisava se adaptar a nova vida. São Paulo na época era a terra da garoa, dos deuses da chuva, da ausência do sol, o astro rei, São Paulo do frio gélido de congelar o corpo e a alma do cristão, os pobres nordestinos que caiam aqui desavisados. Os pobres tremiam feito vara verde, frio de bater o queixo, era como se estivesse dentro de uma câmara Frigorifica, ou se enfrentasse o frio da Sibéria, Rússia, era um frio de bater o queixo sim senhor!...  Muito dos nordestinos queriam voltar para sua terra natal, preferiam o calor dos infernos do seu torrão natal. A jovem Maria Lopes veio para trabalhar como babá, tomar conta de três crianças capetinhas, endiabradas como se diz: o cão chupando manga. Em pouco tempo as crianças aprenderam a gostar da jovenzinha pernambucana de Recife. A família rica gostava da jovem Maria Lopes sempre alegre, por vezes batia a tristeza, saudade das irmãs Ana, Quitéria que ficaram em Recife, a irmã mais velha Silvina estava morando no Rio de Janeiro. A família rica fazia o possível  para que a jovem ficasse bem, não era fácil ficar longe da família. A patroa e o marido gostavam de teatro, mas para alegrar a jovem Maria resolveram leva-la ao cinema para assistir o filme em cartaz, um faroeste, na sessão de bang bang. A jovenzinha um tanto assustada, nunca tinha estado num cinema, jamais assistiu um filme qualquer. Ao começa a exibição do filme bang bang ferrenho com tiro pra todo lado, a jovem Maria entrou em pânico aos gritos, atirando-se ao chão feito louca, se abaixa gente esses malucos vai matar todo mundo, pelo amor de deus eu não quero morrer, a patroa tentava acalma-la, a jovem Maria Lopes deu um grande vexame, ela achava que tudo que estava assistindo era real.
 
Crônica de: José Maria Lopes Silva.

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