Saudade & Recordações da Infância.
O imaginário cria asas, volta no tempo, o garoto João Paro abraça o seu passado, marcas da sua doce infância, se vê o garoto preso as recordações que lhe povoam a mente, João Paro lembra-se dos bons momentos da doce infância, recorda com saudade quando comia mel com farinha de macaxeira, e também o delicioso quebra queixo junto com outras crianças amigas. João Paro garoto humilde, a casa pobre, vivia na simplicidade, porém bem feliz, brincando no terreiro da sua casa. A mãe Anó deixava pendurado na corda acima do fogão de lenha miudezas que os filhos gostavam, como, as tripas de porco, costela de porco e jabá, tudo salgado para conservar as miudezas. A mãe deixava tudo ali pendurado na corda que já estava defumada por ficar acima do fogão de lenha. O garoto João Paro tinha o hábito de comer logo pela manhã um café suculento, por sinal, com tripa de porco assada na brasa, com um bom pedaço de jabá, mais a farinha de macaxeira, o garoto acrescentava a farinha uma caneca de café, a misturada danada virava um verdadeiro mingau, a mistura virava uma pasta, equivalente a uma feijoada, era tão forte quanto um prato de mocotó logo pela manhã, coisa doida do garoto João Paro. Ao longo da sua infância pobre, nem tudo foram flores para o garoto, mas o aprendizado e a experiência vivida, nesse período da infância deixara João Paro mais consciente, mais maduro, fazendo do garoto um ser humano melhor. Era a vida generosa dando ao menino João Paro novas oportunidades, das quais, ele soubera extrair o melhor possível. Foi assim que o garoto João Paro escreveu a sua história, relatos da infância e da adolescência, traduzindo a sua vida real ainda na sua terra natal, o seu torrão, Pernambuco.
Crônica de: José Maria Lopes Silva
O texto foi extraído da obra do autor, Um Lugar ao Sol, relato da infância e adolescência. Na obra de ficção Edros Lopes despontou como personagem, para a família era Zinho, e João Paro para as pessoas conhecidas.
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