O Morro, Berço da Favela.
O morro é o berço da favela, malandros cariocas de terno branco de linho e chapéu de palheta, sapatos branco e preto, desciam o morro para dançar na gafieira. Outros malandros capoeiras de camiseta regata, lenço no pescoço e de tamancos, a navalha no bolso, brincavam no samba de roda lá no morro. A favela nasceu do morro carioca, desprovida de beleza é reduto da pobreza. A favela descolorida, sua gente vive a espera de um milagre, de um olhar mais humano por parte dos governantes. A esperança corre pelas vielas da favela. Sua gente da asas aos sonhos, esses voam no tempo. Pobre favela, sempre viveu no abandono, enfrentando a vida tirana e madrasta, gente que vive uma condição sub- humana. A esperança corre pelas vielas da favela sem colorido. Os sonhos são quimeras, a vida lá fora é uma bela poesia. Por vezes a vida é tirana e cruel. Resta aos moradores da favela poucas opções, catar papel e papelões, abraçar a reciclagem. A educação e o estudo são os trunfos que dão as criaturas maiores oportunidades. As pessoas da favela não são dadas a elas abrir as janelas para o mundo, e ver as mudanças, da vida e do mundo. As pessoas da favela vivem sua saga, seu calvário e sua cruz. Quem sabe um dia o destino ascenda uma luz ao povo da favela.
Crônica de: José Maria Lopes Silva
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