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"Encontros & Despedidas"



                          "Encontros & Despedidas"
 
Mudam-se os tempos: o tempo é o senhor dos destinos, e senhor da razão. Culpa-se o tempo por tudo, por ser o tempo inexorável, implacável e devastador. A alma humana sente-se impotente diante da força do tempo, se sente simplesmente um fantoche, um joguete, um marionete. O tempo passou como um vendaval, deixando apenas a saudade devastadora como recordação. Ficou no peito do pai a dor da saudade, lhe machucando o peito, e a dor da separação cruel  e inevitável. O tempo passou com um vendaval deixando chagas abertas, que não cicatrizaram. Ficou no seio da família a tristeza e dor, o grande amor que permanecerá por todo sempre. O tempo sabe ser cruel, deixando para trás a crueza do destino algoz, tirano, não se deve matar os sonhos. O tempo passou criando transtornos, embaraços, dos quais, não estamos afeito. O tempo passou feito um vendaval levando a luz que iluminava o nosso lar de afetuosidade, ternura e carinho. Sofre o pai Flávio, sofre a família Silvestre Silva, a desdita da vida. Vitor Henrique Silvestre da Silva, era o sol que brilhava radiante com toda intensidade, no lar, na praça da Cobra, no Parque da Várzea, por onde quer que ele andasse, sempre ao lado do pai. A criança, Vitor Henrique foi levado pelo tempo implacável. Deixou para trás até a piscina do Xandão, nos dias de calor. Vitor Henrique foi ver outras paisagens distantes, levando consigo o valioso troféu, o sobrenome do pai espiritual, e também biológico, por que não. Vitor Henrique Silvestre da Silva. Pai na verdade é aquele que cria e educa, Vitor Henrique foi criado desde bebê pelo pai Flávio Silvestre, que sempre o cobriu de afeto,ternura, carinho, além de fazer todas vontades do filho. O tempo passou vertiginosamente deixando tantas coisas para trás, como a Praça da Cobra, o Parque da Várzea, o vôdim  com suas histórias malucas, a Zezé com os bolos de cara boa, umas delícias.  Os sorvetes caseiros, os geladinhos de chocolate e de carambola, o pão de queijo só pra ele, os carrinhos comprados para repartir com o vôdim. O tempo passou, as pessoas não se dão conta disso, vivem a perguntar ao pai Flávio, do filho Vitor Henrique Silvestre da Silva. Por onde andará aquela criança bonita e feliz, sempre cansada por trabalhar com o pai, era pra beijar depois. Vitor Henrique feliz, andando na sua bicicleta, no seu carrinho elétrico pela praça da Cobra, pelo parque da Várzea, bons tempos aqueles. O tempo deixou tantas coisas  valiosas para trás, a criança foi arrancada  do seio da família  de maneira abrupta, causando sofrimento e trauma na criança. Tudo muito triste e lamentável, o procedimento inadequado de uma mãe infeliz, egoísta e insana. Não sabemos absolutamente nada da vida, muito menos, dos desígnios de deus. O pai Flávio Silvestre não tem mais o Vitor Henrique Silvestre da Silva, que por sua vez, não tem a piscina de bolinha, o pula pula.  Não temos o Vitor Henrique do São Paulino, Vitor Henrique foi conhecer outras paisagens, deixando para trás os Super Heróis: O pai Flávio Silvestre, com seu casaco de campeão, Batman, Homem aranha, Power rangers, Lanterna verde, Casa monstro, Rata touille, Motoqueiro de fogo, Mandacascar, e tantas coisas bonitas, que o menino Vitor Henrique gostava de assistir com o pai. Vitor Henrique deixou para trás, a bicicleta, o carro elétrico, a casa de papelão da dona Pajule, e uma saudade imensa e infinda, Vitor Henrique do São Paulino, por causa do pai Flávio Silvestre.
 
Crônica de: José Maria Lopes Silva
Crônica em homenagem ao aniversário do querido Vitor Henrique Silvestre da Silva
28 de dezembro data inesquecível para o pai Flávio Silvestre e a família Silvestre Silva.

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