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Marcas da Paixão




             Marcas da Paixão
 
As paixões vivem ao sabor do vento, entre chuvas e trovoadas. Viver uma paixão é enfrentar os temporais, é não poder fugir do olho do furação.  Viver uma louca paixão é preciso estar preparado, pois, a paixão é a explosão do amor que extrapolou, causando a devastação nos corações amantes. Amantes cegos da realidade, não se dão conta da tempestade, dos vendavais, consequência das paixões, que difere das chuvas de verão que são passageiras. Marcas da paixão louca que tortura e fere impiedosamente os amantes, paixão essa vivida por Zuleide e Tião, filho do seu Nicanor, dono da olaria. Zuleide, natureza de mariposa, era ninfomaníaca, com a natureza da lua, nasceu para servir a todos os homens que a desejasse, o que era de menos, todos a cortejavam. Os comentários era que Zuleide era cortesã, o Tião companheiro e gigolô, viviam entre tapas e beijos, davam show de baixaria em plena rua, agrediam-se feito, de tapas, murros e pontapés, nem mesmo a policia dava mais importância para  as brigas do casal que vivia entre tapas e beijos. O tempo passou, nunca mais se ouviu falar do Tião, motorista da empresa de ónibus Independência, amigo de todos. Dizem que o Tião se casou e mudou de vida. Zuleide ao perder o parceiro, sentia-se completamente vazia, era o Tião quem alimentava a agressividade de Zuleide. Para espanto de todos, Zuleide a cortesã, mulher mariposa, que tinha o destino da lua, era para todos da rua, não iria viver para um só amor, se converteu a fé, hoje é uma evangélica fervorosa, seguidora da fé, levando a palavra para aqueles que necessitam. Zuleide de cortesã se tornou evangélica, sempre carregando a bíblia em baixo do braço, pronta para levar a palavra do Senhor para quem precisar.
 
Crônica de: José Maria Lopes Silva
Uma história real acontecida no bairro de Cipó Guaçu, rua da Olaria do Nicanor, hoje leva o nome de rua Carolina Maria de Jesus, da praça da Cobra, do mercadinho Ipê. Fatos e situações que o tempo não apagará, a história vai ganhando sempre uma roupagem nova, contada pelos seus moradores mais antigos.

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