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O Sopro da Vida,Dádiva da Existência


O sopro da vida,dádiva da existência dos seres. Saltava aos olhos a vida bela,repleta de sonhos e poesia. O saber iluminando a humanidade e o mundo. Saltava aos olhos os dias luminosos,em tudo havia esperança. Dias de primavera risonha,saltava aos olhos o sonho de ser feliz,embora a felicidade distante do alcance das mãos. Saltava aos olhos o mundo de mudanças,a roda da vida girando no tempo,mudando a vida das pessoas. Saltava aos olhos a esperança utópica,sonhos,anseios,ilusões,sofrimento e dor,expondo a fragilidade humana. Saltava aos olhos os dramas terríveis,carmas,estigma,desencontros e contradições. Saltava aos olhos o desespero,a agonia,o coração pulsando no peito um tanto debilitado ,o sangue a correr nas veias. De repente começa faltar o ar, essencial a vida,a respiração se torna complicada. O coma induzido,bate o desespero,a aflição e agonia,o sofrimento da família,e dos amigos,com a dor dilacerante. Havia um fio de esperança até a notícia do coma irreversível.  A força vital se esvaindo aos poucos,não havia mais a esperança de um milagre. O suspiro derradeiro,nada mais a ser feito,no leito o corpo inerte,o desespero da família,com a desdita. Saltava aos olhos a dor,o pranto,as lágrimas derramadas sobre a lapide fria. Ficou a tristeza estampada no rosto de todos,a dor no peito,o vazio imenso,um ser humano bonito deixou a vida. O ser se apartou da vida e do mundo,deixando de ser para ter a alma liberta. A alma volta para luz e a paz,no processo de transcender,torna-se luz resplandecente presente no universo. Os versos do poeta,retrata a saudade imensa e infinda. Restou uma saudade singela com ternura,da desventura. Uma vida que se esvaiu,o fim da afinidade,finda-se o sopro da vida,o mistério,o enigma.

Texto de: José Maria Lopes Silva
Versos do autor revertido para cronica de forma experimental.
Homenagem póstuma ao amigo querido e muito especial: Kiko,amigo irmão da família Alcântara.
Os grandes partem cedo da existência breve,para se tornarem luz resplandecente presente na eternidade.

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